30 de junho de 2010

fechadura.


'Às vezes é preciso levar os olhos para dentro do escuro
e ter coragem de acendê-los.
Ver é a primeira bênção na direção do desaperto'

[Ana Jácomo].



Deparo-me com as letras minúsculas e fervorosas na minha frente.Sempre defendi a teoria de que um simplório segundo pode mudar tudo, pois bem, não foi o mero segundo que alterou drasticamente a rota que eu estava seguindo, pelo ao contrário, foram os dias, as horas, a dor. Para perder o costume de melancolia exorbitante, não quero descrever, auto-descrição, ou sei lá o que, hoje quero apenas viver o aperto que está indo embora, a vontade absurda de acender meu fogo e te beijar, sem nada, só tocar.Eu tenho essa mania absurda de nostalgia, melancolia, ou qualquer sinônimo disso, mas acho que os meus dias doentios estão marejados de tantas lágrimas e nós na garganta. Eu prefiro dar lugar ao delírio consciente, aos risos sinceros, eu prefiro estender o tapete vermelho para o amor.Seus olhinhos apertados ainda estão aqui guardados dentro de mim, a sua vontade de me amar esta na minha alma, não tente me convencer que o erro foi singular, foi recíproco, aconteceu.
Ufa.
Não quero mais lamentar-me das possibilidades não ocorridas, eu só quero fechar os olhos, lembrar do seu beijo e me jogar em um sorriso sincero e leve. Um dia eu desejei tanto você que me esqueci de mim, esse dia passou junto com todo amor que te dei. Eu ainda espero você (inconscientemente).

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.