22 de junho de 2010

lô.


Os dias não demoram mais a passar. Os ponteiros do relógio que antes atormentavam meu coração, hoje já correm para saciar todos os meus desejos. O tempo se tornou meu melhor remédio. As manhãs já não são melancólicas e cinzentas, o abrir dos olhos já sabem que belos sorrisos e gostosos abraços virão ao longo do dia, nada mais me tira os pés do chão sem um bom motivo, claro. A aceitação da dor é algo inexplicável, me ver completamente diferente de dias atrás me faz crer na renovação, no caminho árduo que todos passam e (quase) ninguém se entrega. É muito bom poder sentir o vento tocando seu rosto sem se importar com mais nada, com ninguém.
É vital.
Não me apetece o lance de outro, de ir além, eu estou aproveitando o ninho que faço em minha cama todas as noites, os pensamentos egoístas típicos do estado, é bom aprender a viver sozinha, literalmente. Os dias não demoram mais a passar. Não que eu não lembre cada detalhe do seu rosto, do carinho gostoso, da respiração ofegante, não é isso, é que eu apenas deixei você ir, sem dor, sem mágoa, nada mais. Da mesma forma que me perdi em seu sorriso, me encontrei em seu rastro de indiferença e decisão, não mais, sem mais.O sorriso estampado na face retrata o sol esquentando meu corpo, cada segundo das minhas horas são regados a doses precisas de paciência e diversão, estou me perdendo em mim.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.