'Às vezes é preciso levar os olhos para dentro do escuro
e ter coragem de acendê-los.
Ver é a primeira bênção na direção do desaperto'
[Ana Jácomo].
Deparo-me com as letras minúsculas e fervorosas na minha frente.Sempre defendi a teoria de que um simplório segundo pode mudar tudo, pois bem, não foi o mero segundo que alterou drasticamente a rota que eu estava seguindo, pelo ao contrário, foram os dias, as horas, a dor. Para perder o costume de melancolia exorbitante, não quero descrever, auto-descrição, ou sei lá o que, hoje quero apenas viver o aperto que está indo embora, a vontade absurda de acender meu fogo e te beijar, sem nada, só tocar.Eu tenho essa mania absurda de nostalgia, melancolia, ou qualquer sinônimo disso, mas acho que os meus dias doentios estão marejados de tantas lágrimas e nós na garganta. Eu prefiro dar lugar ao delírio consciente, aos risos sinceros, eu prefiro estender o tapete vermelho para o amor.Seus olhinhos apertados ainda estão aqui guardados dentro de mim, a sua vontade de me amar esta na minha alma, não tente me convencer que o erro foi singular, foi recíproco, aconteceu.
Ufa.
Não quero mais lamentar-me das possibilidades não ocorridas, eu só quero fechar os olhos, lembrar do seu beijo e me jogar em um sorriso sincero e leve. Um dia eu desejei tanto você que me esqueci de mim, esse dia passou junto com todo amor que te dei. Eu ainda espero você (inconscientemente).