29 de julho de 2010

pontodeequilíbrio.



Aqui estou, em frente a este minúsculo computador, abarrotada de afazeres desestimulantes, o bafo estarrecido da minha chefa gritando por resultados e o pensamento só em você.
Eu meio que parei de tentar descrever o que eu sinto, penso, ou até mesmo o que você pensa. Sabe, estou de saco cheio da falta de ar, de errar, de te machucar, acho que finalmente eu realmente vou crescer. Não crescer metaforicamente, não continuar com aquele ar de ‘tudo sabe’, isso não. Estou sentindo a necessidade de crescer para mim, nada de indianismo ou afim, só ler meu livro e te esperar. Vai doer, vou sofrer, ossos do ofício ou simplesmente amor.
Não posso lhe pedir que me espere, que abra seus olhos mais uma vez, que acredite no que você já desistiu, não posso, mas peço. Fique de longe mesmo, quieto, agüente firme a nova fase, seja feliz, conheça outras garotas, sinta a minha falta, o meu amor não é mais o mesmo, é maior, agora é real, quero poder de novo caminhar contigo.
Os dias passam e a memória insana de seus beijos escancara quanta besteira eu fiz, que eu te afastei de mim, e a parte mais difícil vem agora. Eu sei, eu fiz, eu quero corrigir. Chega de palavras, de ilusões banais, chega disso. Só preciso acreditar que você esta me olhando, que esta querendo não querendo acreditar, só fique ai sendo o meu menino.

A felicidade é algo tão simples, o amor é difícil, dolorido, mas no final tudo fica bem, fica sim.

L.

23 de julho de 2010

beco.


Sinto-me tão bem. Estou com preguiça de escrever, na verdade estou molenga em tentar descrever o que estou passando. Morro de amor, então vivo dos detalhes. Dói lembrar as lembranças, mas não há nada que possa ser feito. Meus pedidos, minhas suplicas, seus sinônimos.
Estou aprendendo a caminhar só. A sua sustentabilidade ainda é necessária, acho que sempre será. Eu ando tão recheada de cansaço desse sentimento que cessei minha luta diária para tentar te esquecer, simplesmente não dá, não agora.

As minhas palavras são rotineiras, repetitivas, elas são sinceras.
Sentimentos, desejos, saudade a parte.
Hoje tudo importa, até você.

21 de julho de 2010

estava aqui.


Eu te amei tanto que nem o mais astuto poeta consegue explicar. Cada sorriso dado era contemplado como o fim dos dias, cada abraço era como se jogasse do penhasco mais alto, cada beijo me fazia perder o chão, era liberdade demais pra tanto amor, era seu, meu, era um.
Eu me perdi, você se foi. Quando você se foi eu me perdi literalmente. A culpa anda pesada demais pra tanto remorso, eu só queria me mostrar o quanto ainda existe.
Eu falho, te machuco, te odeio, preciso de você, eu te amo. Eu te afasto, te peço pra voltar, eu não me reconheço. A sua voz me fez ver que a sua mão ainda esta no mesmo lugar, que o seu amor – por mais dolorido que esteja- ainda esta ai, o meu menino ainda sonha em ser meu, ou não.
Já te disse por tantas vezes para acreditar em mim, que agora a veracidade das palavras não importam mais, eu quero você, sempre quis. Só não se vá dessa vez, por favor.

20 de julho de 2010

por mim.




Vêm, toma, enxerga.
Pele macia, desenhos absortos, se vá.

Se vá, perdure, fique.
Esta em mim, vontade, desejo, estrada.

Um dia, horas.

você.

7 de julho de 2010

nu.



'... coisa que depois de muito tempo
a gente possa olhar e sorrir,
mesmo sem saber por quê. ...
(Caio F.)

O que ta acontecendo?! Não consigo escrever mais nada sobre você, por mais que na memória permaneça intacto o seu sorriso, as borboletas no estômago que sentia com seu toque, não. Não sei se agradeço os dias por isso, mas no momento sinto raiva de mim, não por ter deixado você ir ou por não ter conseguido lutar por você, isso não. Sinto raiva por não doer, sinto nojo pela ausência de sentimento, não que não haja, mas dormiu. Que droga de amor é/foi esse que o desejo fala mais alto. Juru que te amei com todas as minhas forças e quando as minhas acabaram você ainda me sustentou. Me desculpa. Não para você, por mim. Achei que fosse diferente, pensei que fosse você, me enganei.
Que droga de posse esta que me toma, até isso esta passando, rápido, dolorido, indolor. Você me amou, me satisfez, me idolatrou, foi recíproco e sincero. Não era pra ser o fim agora. Hoje finjo que não me importo, mas basta olhar nos olhinhos apertados (tantas vezes beijados) que sinto que ainda resta amor, não o suficiente dos dois. Um dia eu te amei, acho que sempre vou lembrar-me de você, de mim, de nós.

Um dia vou te encontrar e te abraçar, sem resposta, só escutando as batidas do seu coração. Eu te amo tanto que não te amo mais, não agora.

L.

6 de julho de 2010

love.


...'' Eu tenho andado feliz. E sim, continuo falando de amor, escrevendo os mesmos textos de sempre, poetizando qualquer coisa que apareça e fingindo não ser romântica.

Agora eu acabei de equilibrar a doçura, nas pontas do pés. Consegue ver? Se eu deixar cair, espalha. Sorri no escuro ao lembrar minha infantilidade em procurar o vento, naquela época, para que as palavras chegassem suaves aos teus ouvidos. Fico feliz em notar que ainda carrego delicadeza nos dedos ao escrever a você. Não nos despedimos. Essa semana peguei um táxi e passei do ponto porque simplesmente estava sorrindo pensando que, ah!, são coisas muito bonitas nos esperando. E quando pisei no chão, primeiro com o pé esquerdo, deixei cair o pirulito de coração. Despedaçou-se enquanto tive uma certeza: eu vou te amar em todos os meus amores. Já não contesto.
Outro dia revi Apenas o fim. Cada diálogo foi como se compusesse nossa despedida. Foram coisas lindas. Coisas bobas. Coisas nossas. Ele você ela eu. Quis te mandar um torpedo, quando foi dito: você é meu chicletinho mastigado. Não somente por ser a cara do que fomos, mas também porque interpretei de um jeito engraçado, sabe? É que vai ver o doce se perdeu, mas continua a grudar. Está grudado. Vai sempre ficar um pedaço, uma marquinha.
Ficou.
Aprendi que não existe pedagogia para sentimentos. Eu tive febre. E passou. Passou aquela vontade de querer te ligar durante o sinal vermelho só para contar do que andou acontecendo. A vontade de te contar das minhas revoltas, das minhas mudanças. Ando tão madura, tão mais boba, mais eu, menos você. Passou a vontade de falar do medo que tive nos primeiros dias, de ser a cada hora menos você. Passou. Passou inclusive o meu sorriso contente ao me imaginar escrevendo e lembrando você, num futuro, balbuciando entre um suspiro e outro, com uma voz muito concentrada no azul, a frase do poeta: minha impressão é que tenho amado sempre.
Por ter/ser passado, hoje, quero pedir: não me devolva nada. Não me entregue tuas ternurinhas. Não me devolva tudo o que já te entreguei, agora, quando já não interessa. Você deixou a porta entreaberta, eu fechei. Fecho. Se abra inteiro, encontre alguma menina interessante, me deixe passar. O meu amor foi grande. É imenso. É sempre teu. Mas não mais vivemos juntos nele. Ainda penso conseguir um dia estar ao teu lado, saber te ouvir, arranhar teus ouvidos com meus sorrisos, ficar horas pendurada ao telefone. Me engano, assim, para doer menos. Já doeu demais.
Continuo a te querer bem. Respeito nosso relicário. Respeito você. Sempre que noto as coisinhas construídas que me foram deixadas, me sinto bem. Faz cócegas ter você me alicerçando. Amores de ontem, todavia, devem ficar na poesia intocável. Por isso afirmo que aqui, nesse parágrafo, estou me despindo de você. Deixo tudo. Vai haver um ponto final adiante, porque aprendi a usá-lo. Deixo aqui. Não aceito devoluções. Se não for teu, sempre será de alguém. Te abraço com calma, para que os corpos solucem todos os beijos que não foram dados. Te entrego alguma coisa bem bonita. Que todo o amor que deixei seja teu, ainda que levado por outro alguém.

Que o coração jamais se apague.

PS: O que importa, realmente já foi feito. E é nosso. Sempre seremos nossos, porque ninguém nunca nos terá igual. Nunca havia sido tão assim, eterno.

liricass

2 de julho de 2010

quando fexo os olhos.


‘ Se todo alguém que ama
Ama pra ser correspondido
Se todo alguém que eu amo
É como amar a lua inacessível
É que eu não amo ninguém 
Não amo ninguém
Eu não amo ninguém, parece incrível
Não amo ninguém
E é só amor que eu respiro. ’

(Cazuza)

Eu não consigo escrever nada, eu não consigo pensar em nada, até você saiu daqui.O sofá no canto da sala já não tem a sua forma marcada como de costume.
Eu não consigo me doer por mais nada, ela já mora aqui ha algum tempo.
Intensidade, inércia, ausência. Auto-mutilação, só pode, me dói não me doer mais por você.
Eu não consigo escrever mais nada, ainda mais se for pensando em você.

L.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.