24 de abril de 2010

abril.

Eu só quero me inspirar. Só desejo a partir de agora a olhar para os lados e realmente enxergar quem me segura, quem me suporta nos momentos de ira, quem me critica quando não consigo mais ser azeda, eu só quero ter paz.
Das escolhas tomadas, a de hoje me dói sem dor, a angustia antes que me trazia a insônia como companheira hoje me faz ter sonhos tranqüilos, me obriga a armar o que já tinha sido desmontado.

Doce inspiração esta que tapava meus olhos e amenizava meu coração, amargo é o gosto que ficou em meus lábios, na memória permanecem as duras palavras ditas friamente, ficou a inércia das ações em momentos distintos, finalmente acho que a minha paz chegou.
Os meus poucos anos não me fazem mais madura, pelo ao contrario, é diariamente que vejo como o tempo é gostoso e rejuvenesce, é através dele que me perco em novas experiências e me iludo nas indecências da vida. Eu gosto da indelicadeza, do mimo masculino que tanto me afaga, eu me perco na noiva gelada que me liberta do caos cotidiano, eu gosto de ser nostálgica, eu aprecio tudo do bom e do melhor, isso esta explicito, fato.

Não me restam muitas coisas hoje, ficaram apenas os bons colos e as boas guerreiras de sempre, isso me basta (sempre me bastou). Eu me encontro nas quedas, me levanto sempre com a velha ironia habitual, eu adoro desafios.

Sejam bem vindos vinte e um anos, mais veracidade, mais devaneios, mais juízo.



Besos.

L.

9 de abril de 2010

continua lindo.


Ultimamente poucas coisas me tiram debaixo do meu edredom aconchegante e da mordomia explicita que me rega diariamente, no entanto, resolvi levantar a cabeça um pouco mais e enxergar o minúsculo televisor ao pé da cama e decidi escutar as lágrimas doídas de quem tudo se perdeu.
Hoje não estou muito inspirada a escrever belas palavras com a dureza habitual, não quero isso não, hoje venho somente pedir-lhes que rezem, não sei se é válido pelos os que já se foram, mas pelo os que ficaram, as pessoas que mantiveram o único bem vital, nada mais.
Toda essa ladainha esta exposta nos noticiários nacionais e explorada bem grotescamente, mas é inevitável não se emocionar ao ver aquela lama varrendo o que era escola, igreja, um lar.



Tudo isso é apenas o resultado, agora cabe a você pensar o que esta fazendo com a equação.



L.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.