28 de dezembro de 2009

air.

É mais benéfico me manter em pé, sem curvas e obstáculos. Doce deleite este que perdura em meu legado, me acorda diariamente com a doce batida melancólica, este alicerce delicioso que motiva o meu sorriso constante, agora se vai (e não demore a voltar).

Mais um ano, mais juras e muitas promessas que chegam a ser espirituosas. Eu só almejo amor, sou feita disso e repito sempre. Quero idealismo, música boa, luas intermináveis, necessito das velhas amizades, aqui se encontra a mesma Lorrânia, ainda bem.

Só tenho a agradecer pelos beijos, pela promissão, pelos desafetos e pela dor. Lambuzei-me em cada uma, umas demais, outras nem tanto, vivi; e dessa forma venha dois mil e dez, devagarzinho e acompanhado com uma boa dose de destilado mexicano.

Eu só quero o amor e todos os seus derivados, só.

23 de dezembro de 2009

santalolla.

O natal se aproxima e todo aquele sentimentalismo barato se alastra pelos corações solidários. Eu acho uma hipocrisia filha da $#$%# essa onda de final de ano, todas as campanhas de arrecadação, os papos ‘vamos ajudar o próximo’ e ‘somos todos irmãos’. Tsc tsc, não chega a ser ceticismo de minha parte, é uma junção de revolta com insatisfação, por que colaborar só nesse período?! A fome, violência, injustiça cessam. Haha, me espanto como somos afetuosos.
Durante onze meses do ano, cada um com seu dinheiro, sua necessidade e seus caprichos, parem tudo, dezembro chegou. Em um mês conseguirá o perdão por tudo e todos, cada rasteira bem dada, cada fofoca dita, a salvação virá, é preciso apenas ter compaixão e um presente bem grande. Ai ai ai, é por isso que gosto das minhas orações simplórias, meus pequenos atos de bondade, e não nego minhas tequilas.
Não pense em renovação uma vez por ano, pense nisso diariamente. Cada dia é novo e definitivamente não sou eu quem vai lhe aconselhar sobre a vida, estou aqui simplesmente me expressando (afinal o blog é meu mesmo).
Sejam todos felizes, singularmente pelo amor de Deus.

Besos.

L.

dezoito.

Vou me encantando, surpreendendo, continuo me divertindo. ‘Um dia de cada vez’ uma grande mulher me disse, sendo assim resolvi acatar.
Alguém lá em cima deve ter um grande apreço pela pequena aqui, afinal sou feita de ironia, amizades deliciosas e uma boa gelada de guerra. Sarcasmo a parte, o momento anda bom, sem mais nem menos, tudo esta em seu devido lugar, ufa. As dores cessaram, as lembranças honram seu nome, a saudade não existe mais, finalmente.
O sorriso frouxo é rotineiro, a voz é infantil, acho que tenho dom para artes cênicas. As palavras gritam incessantemente para sair, espere, não tenha pressa, cada coisa em seu devido tempo.
O tempo não me aflige mais, na real, sinto quando os minutos passam se estou em uma boa compania, e graças ao Cara, ultimamente nosso bonde é satisfatório. Nada de lamento, aqui reina a simplicidade. Um par de chinelos, uma boa música e muita diversão, sempre.

16 de dezembro de 2009

ela.

Passava-se da meia noite de sábado, as luzes da cidade pareciam estrelas em noite de lua cheia. A multidão se alastrava entre os becos e ruas intermináveis da capital viciosa e populosa que é São Paulo. Sentado em um bar da moda, La estava João, um típico homem com seus trinta e poucos anos, perdido em pensamentos sórdidos e sua habitual cerveja. Como de costume, aquela noite seria de piadas grotescas, olhares maliciosos e sexo, somente sexo.

Nada diferente até o momento em que olhou em direção ao bar, infestado de mulheres seminuas com a real necessidade de se sentir desejada, e viu a mulher que era diferente de todas ali presente. Tinha suas curvas reveladas, porém despertava aquele desejo de querer saber mais, possuía um sorriso inocente e sedutor, tinha as mãos de fada. Era aquela, precisava saber seu nome, precisava ser sua.

Debaixo de toda a banca de conquistador, reinava a simplicidade e esta era a principal arma para ganhar o prêmio da noite. Não a enxergou apenas com vontade, instinto, almejou algo mais, sentimento, esse era o objetivo. Como uma fera que segue o cheiro da carne, João esquivou-se dos obstáculos fúteis e partiu rumo à conquista.

Nada de cantadas clichês e desculpas infantis, assim João iniciou uma conversa amigável, sem demonstrar maiores pretensões, estava satisfeito somente por estar ali, perto dela. Os ponteiros no relógio insistiam em pegar a esquerda, tudo fluiu, a noite findou e João levou consigo seu troféu pra casa.

Domingo, sol, ausência. Um bilhete, um número e nada mais, será que era isso que João realmente queria? Ligar e se permitir ou amassar a possibilidade de amar?! O tempo passou juntamente com o ócio do primeiro dia da semana, o repouso era necessário após a noite memorável e a semana árdua que estaria prestes a começar, a decisão de ligar ficou para o outro dia.

Tic-tac, o grande relógio preto no alto da sala gritava insanamente por uma atitude, o coração de João não cabia em seu peito, aguardou mais um pouco, perguntou-se: “Eu valho à pena?”, pegou o telefone, discou o número e aguardou. De repente a voz charmosa atendeu: “Alô”, sem nenhuma resposta em mente a reciprocidade foi instantânea e João disse: “Alô”, neste momento uma onda de lembranças da noite de sábado veio à mente de João, ele havia dito sim ao alô mais lindo que já ouvira, valeria a pena se permitir dessa vez, só mais uma vez.

L.

ps. só para mudar a rotina de textos descritivos, um conto, só conto.

14 de dezembro de 2009

caminhada.

Sem muita inspiração, noites bem dormidas e a doce insanidade como companheira. Estou aprendendo a lidar com os pensamentos fúnebres. O coração permanece intacto, as coisas na mesma estante, o espelho continua quebrado e a rotina desregulada, persisto aqui. Hoje as palavras se esvaem livremente, no entanto, paro, penso, escrevo, leio, releio, agora sim. Não sei bem ao certo o motivo de tanta precaução, deve ser o anseio.
Gracioso tempo tinha razão, tudo passa e o passado vira uma doce lembrança. Eu que pensava que as palavras fossem perpetuas, admito que errei. Na real, não sei bem ao certo o que pensar, ultimamente escuto as batidas coordenadas e isso basta para minha felicidade.
Andando pelas ruas dessa capital calorosa, percebi que belo céu nós temos, sendo assim, vou me perder neste tempo convidativo, uma boa música e o velho abraço.

Buenas.


L.

9 de dezembro de 2009

nada.

eu acho lindo o passar dos dias, é fantastico como somos mutaveis e nos adaptamos tao bem a novas situações.

8 de dezembro de 2009

da silva.

Acordei em fé. Dia atípico. Mais uma vez a emoção transborda a razão, paro, penso, não. Os meus lábios te desejam tudo que há de melhor nesse mundo. Sem hipocrisia e magoas. Já disse e repito que sou feita de amor, sendo assim quero que seus passos sejam guiados pelo Cara. Os meus braços te apertam em um gostoso abraço, daqueles que a minha pouca estatura conseguia te alcançar. Quero o seu bem, desejo sua felicidade, espero um dia te olhar da forma real (novamente).
Sem o ‘seja feliz’ habitual, hoje eu só fecho os olhos e te beijo. Como amiga, mulher, companheira, como nada. O coração não dói, as lagrimas não caem mais, só ficou. Na memória, no corpo, na vida.
Se cuide sempre.

Besos.

L.

2 de dezembro de 2009

não se esqueça.

a risada aparece discretamente no canto da boca, o olhar fica baixo e os pensamentos vão longe. Eu me deleito em cada estação, eu aproveito cada clima que elas me proporcionam, eu gosto de mudar. Venha diversidade, venha adrenalina, pode chegar disturbio. Eu quero o passado e correr no futuro, que se dane os blá blá blá das santas misericordiosas, eu não suporto tanta purificação.
Bato no peito e ponto. Fingir pra que?! É uma delícia viver, pois que viva de todas as formas, errar não é vergonhoso, o que é feio é esquecer de admitir.
Buenas.
L.

1 de dezembro de 2009

noite adentro.

O momento é adequado. Da janela do meu quarto vejo o mundo girando depressa, sem compaixão, sem se importar com a dor, só fazendo a sua parte. São tantas reclamações, alvoroço, depressões, parem com tudo isso. Virou moda se fazer de prepotente, egoísta e imponente, haha, a se meu eu escutasse isso.
Hipocresia a parte, eu gosto do que eu me tornei e das minhas lembranças diarias. Gosto de chorar ao lembrar o meu terceiro ano, de escutar uma música e lembrar aquela paixão não correspondida, eu gosto de ver que somos mutáveis. Sorrio sempre com as fotos espontâneas, acredito nas minhas orações simplórias, me faz um bem enorme abrir de vez em quando as caixas que guardo no fundo do guarda-roupa.
Preservo aqui dentro uma nostalgia mágica, uam dor de saudade, um amor eterno. O espelho (hoje) reflete um sorriso frouxo, pequenos sinais de rebeldia clássica e pernas tortas. Gosto de paixões, noite, bebida (destilada, por favor), música alta, boa, velha e soul, muito soul.
Acho que como a maioria, não gosto de finais, custo a ver e querer.
Sem perdura e marasmo, sou simples, sou sim.

Besos,
L.

cotidiano.

Eu gosto de fases, me deleito em cada uma delas, no entanto como já disse em muitos textos, não gosto de finais, perduro a crer. Agora não mais, lado, lado, (re)começo.
Sou feita de novidade, enjoou de marasmo, no entanto adóro ser monogâmica.
Os devaneios voltaram e a fé também, desejo felicidade e muito sentimentalismo sempre, claaaro com boas companhias e um delicioso destilado.
Besos.
L.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.