31 de maio de 2011

360º


'Deixa eu te contar um segredo...'
Lorrânia Viana.


A insônia é minha amiga fiel, dessas que posso contar nas melhores horas da noite. Eu não sei se os finais de temporada dos meus seriados favoritos me emocionam ou se gosto de me inspirar nos dramas alheios, acho que os meus são insuficientes.
Algo me chamou atenção hoje, uma personagem que nem gosto tanto, uma daquelas que esta ali simplesmente porque tem que preencher uma vaga, uma dessas daí mesmo, enfim... hoje ela foi fundamental. Engraçado como até os personagens sem graça tem seu dia.  Pois bem a sem sal me mostrou que no amor impossível o que mais dói é quando ele te deixa ir, é tipo ‘vai seja feliz’ ou ‘eu te amo tanto que quero sua felicidade acima de tudo’. Isso tudo é uma porcaria sabia?! Será que da para consumir toda essa alegria ao lado de quem se ama?! Só pode dar audiência ora, um chora de um lado, outro enche a cara e se lamenta com os amigos mais amargurados ainda, e depois eu que sou a autodestrutiva por ter como válvula de escape o meu modesto blog. Ah ta.

Se eu for parar e pensar que as coisas que sinto aqui dentro são tão confusas e ao mesmo tempo tão organizadas, eu surto, sério. Sabe a personagem chatinha que falei ali em cima?! Então, ela amou loucamente, foi traída, levou o clássico ‘pé na bunda’, se revoltou, pintou o cabelo e pra que?! Ela continuou amando o infeliz lindo que a fez chorar tanto. Estão vendo como o amor é propositalmente uma droga?! Chega a ser cômico quando penso como ofendemos a quem amamos, que no fundo agente só quer que ele volte a deitar no mesmo lado da cama e ainda faça aquela cara de cachorro morto quando acha que esta com uma febre demoníaca (quando tudo não passa de um resfriado).

Nascemos para amar e particularmente eu curto demais minhas fossas. Seria estranho se eu fosse fria demais ou se chorasse apenas um dia pelo coração partido. Faz parte do meu eu esse drama todo, essa mania de querer que meus romances se pareçam com os seriados que tanto adoro, eu não me perdoaria se eu fosse apenas uma personagem fraca.

Eu nunca quis ter só um episódio em que me destacasse, pelo ao contrário, a minha tragicomédia daria uma série inteira, só para mim.

L.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.