4 de abril de 2011

anda guri.




'...acabei acostumando com a ausência,
me acostumei.'
Lorrânia Viana.

E quem diria que o mundo de repente ficaria aos meus pés, que o inesperado já não era tão surpreso assim e que hoje enquanto a maioria se deleita com os prazeres do álcool e da carne, aqui estou com meu pijama nada sensual, os meus óculos desgastados pelo uso e com o coração leve, pleno.

Pra variar as músicas de sempre, a insônia de sempre, o amor de sempre. Eu acho é graça, como diz uma grande amiga minha e eu acho é pouco quando a tristeza não me assola, eu gosto de sofrer só pode, comportamento este tipicamente humano e (diga-se de passagem) feminino.  Juru que não queria falar dos meus desenganos, sério, não anseio nenhuma melhora para esse coração vagabundo - credo quanta benevolência nesta noite - sincero, tudo.

Não sou tão agradável e vitimada quanto pareço, essa voz doce no fundo exala - quase sempre - palavras duras apesar dos meus ouvidos não estarem acostumados com a reciprocidade. Eu me sinto em casa na perfeição, o devaneio já não é tão amigável, a saudade do meu vício ainda dói, mas percebi que a vida aqui dentro continua e lá fora nem sempre a vista é bela e encantadora.

Ainda me pego tentando enviar uma mensagem de texto e desistindo, muitas coisas já deveriam ter sumido e nada. Não posso pedir para este pulsante aqui deixar de pensar em alguns momentos ou em alguém, para ser sincera eu até gosto de lembrar. O engraçado é observar que independente das bocas que você beija, a minha ainda é a mais lembrada.
É, o mundo hoje esta aos meus pés e eu tenho certeza do amor que padece aqui no meu peito e você que tanto relutou contra isso, será que tem a absoluta certeza de que o espaço que habito ai dentro é tão pequeno assim?!

Da mesma forma que meus dias mudaram eu ainda gosto do mesmo signo que o meu.


Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.