2 de outubro de 2011

safra.



Estou meio sem sono, os mosquitos fazem aquele barulhinho chato perto dos meus ouvidos e as minhas costas estão doendo, é acho que hoje é domingo.
Olhando algumas fotos e bobagens de anos atrás, me deparei com uma questão que nunca parei exatamente para concordar ou discordar, sei lá, no entanto só agora sentada nessa cadeira horrorosa que meu pai insiste em não trocar que finalmente resolvi escrever sobre o assunto.
Se você for parar para ler esse texto, provavelmente questionara de onde tiro tanta paixão pelas diferentes formas do amor. Sabe o que é?! Tenho o dom de sempre entrar com a bunda nos términos das relações nas quais me jogo completamente, sem medo dos dentes que perco quando levo um baita tombo, fazer o que colega, ossos do oficio de uma mente perturbada.
Pois bem, hoje eu percebo o que realmente era desnecessário, mas, por favor, como colocar isso numa cabeça púbere, onde o mundo pode acabar em instantes e você nunca mais poderá fazer nada de bom nessa vida. O dia em que alguém conseguir usar todo esse ardor dos jovens me diga, por gentileza, pois usarei isto como catalisador para a minha árdua rotina. Como eu era imbecil, nada de modéstia mesmo, as minhas paixões avassaladoras não passavam de um semestre e eu me doía inteira quando a rejeição se tornava minha brother, pra que guria?! Deveria existir um manual de sobrevivência para essas épocas do cão, senhor amado.
Algumas coisas que antes eu achava o cúmulo, agora já não me tiram do lugar. Creio que aos olhos de fora isso possa parecer hipocrisia de minha parte, mas querem saber de uma coisa?! Eu não estou nem ai, e não é aquele papo de quem paga minhas contas sou eu, até porque eu dependo do meu excelentíssimo marido e da solidariedade dos meus pais, então é só que eu cessei com esse lance de julgar os outros por suas escolhas tomadas, eu mal me dou conta das minhas.
É isso, porque não ter essa plenitude antes?! Na-na-ni-na-não, seria fácil demais, a senhorita aqui tinha que se espatifar de um lado, levantar e descontar toda a magoa no próximo trouxa que aparecesse, sofrer mais um bocadinho, enfiar a cara na bebida, se apaixonar pelo carinha mal das historias, eu precisava de tudo isso até me deparar com o caminho para me encontrar.
Conseguem compreender aonde quero chegar?! É lindimais viver. E é mais lindo ainda pensar que agora que esta só começando. É agora que eu começo a sentir um amor inimaginável.
Já que é assim, me deixa sair de frente desse computador e ir dar um beijo na minha plenitude. Ela mede quarenta e seis centímetros, não pesa mais que três quilos e se chama Pedro.

Boa noite,
L.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.