14 de fevereiro de 2011

ponte.


'O celular tocou, ele disse: alô?!,
ela sabia que era ele e sorriu como antigamente.'
Lorrânia Viana.

Estou contando às vezes que a luz do meu celular acende e aparece seu numero no visor. Não estou nem ai, eu acho. Meu peito esta ardendo e minha garganta queima sem ao menos eu beber os velhos destilados. Eu odeio amar você, de verdade.
Preciso escutar Norah Jones, é, necessito da voz suave e do som meio blues, que calmante salvador. Enquanto ela me encanta com as palavras suaves, você me afasta com a indiferença e a infantilidade de sempre.
Sabe, eu sei que amanhã você vai fingir estar tudo bem, eu provavelmente vou ficar sufocada e insatisfeita com tudo que você fizer, eu sei que amanhã vai ser como de costume, você bem e eu farta.
Olha menino, não quero me perder nos detalhes e na insensatez que o seu sangue já me assolou, a sua laia eu já conheço de cor, conheço sim. Meu deus, a Norah continua seus versos e todo o mundo corre rápido na minha cabeça, indolor, nostálgico e mágico.
Hoje a dor que você me causa não chega nem perto da vontade de suicídio que me instigou há meses atrás, eu amo você, você sabe disso, mas você sabe também que o cara passou e ninguém vai ser igual ele, nunca.
Vou procurar algum filme na TV, colocar no microondas a lasanha que tanto gosto e esperar...até que o alarme toque e me desperte deste sono profundo.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.