27 de dezembro de 2010

ciso.



'O que importa não é quantas pessoas fazem a obra,
mas sim quantas obras você faz por uma pessoa'
Lorrânia Viana.

Sentada na areia que esfria meus pés, com os olhos fechados, sentindo apenas o ligeiro calor que o sol me presenteia e esvaziando a mente, pronto.
É carinha, você conseguiu tirar do meu peito, do meu corpo, da minha alma aquela dor que me matava a cada respiração e para completar hoje o catalisador disso tudo esta bem ali, com a minha cerveja nas mãos, com os meus óculos nos olhos e conversando com o cara que hoje você me permitiu amar. Destino, conseqüências, seja lá o que for só obrigada.
Ainda com a minha mente vazia, escuto ao fundo as risadas gostosas de duas criaturinhas que me fazem bem, percebo que o tempo é lindo, que quando estamos sangrando por dentro ele se torna nosso inimigo e quando me pego deitada no colo aconchegante o mesmo escorre rápido entre minhas mãos.
Abro os olhos e percebo que ano difícil passei para estar aqui curtindo a brisa do lago, vendo os dois maiores amores da minha vida rindo incessantemente juntos, recordando do irmão que perdi, das amizades que ganhei, das inconseqüências que cometi, das dores que passei e dos destilados que bebi. É engraçado como no final tudo vira apenas final, nada além disso.

O sol esta indo embora mais uma vez. Mal acendo meu cigarro e ao meu lado esta o sorriso mais gratificante do mundo e os olhinhos apertados, é carinha...é.


L.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.