12 de maio de 2010

meu quilate.



Às bordas do abismo localizam-se meus pensamentos obscuros e tardios para certos momentos, o condescendente coração aprendeu muito bem as vantagens do perdão, do querer bem independente dos efeitos.
Quem periodicamente passa por minhas palavras expostas tão confusamente, percebe que minhas substâncias são simples e poucas, bem parcas para falar a verdade. Não que me contento com escassez, não é isso, é que simplesmente aprendi a ver o melhor das pessoas (pelo menos tento), a crer que o homem que destrói nosso meio é o mesmo homem que abraça o outro quando ele cai, percebi que faz um bem enorme a alma esperar o melhor, quase sempre.
Eu não anseio mudanças drásticas, o meu deslumbre de felicidade está no pico, sem limites, sem pudor, sem delongas. Os meus pés seguem aquele clichê banal de voar sem sair do chão, a minha certeza perante um ser já conhecido é vital para nossa existência, é nas minúcias da beleza oposta que perdura o meu amor.
Afirmo veementemente em minhas linhas as características robustas que possuo, sem deixar encostado ao pé da mesa o sentimentalismo barato que tanto me marca e as lágrimas que rolam fáceis em certas horas da vida. Sou feita de saudade, me consome de prazer às velhas lembranças contadas ao redor de olhares distantes com a realidade posta na face, sou feita de amor, de nada valeria meus segundos sem uma boa razão incondicional para isso, seja quem for ou o que for, eu sou feita de mim.

Dengo, conversas bobas, risos frouxos, meu coração esta lá, sempre esteve.

L.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.