5 de maio de 2010

centrismo.



Em meio à fumaça que adere nas paredes da sala, me perco em meio a tanta nostalgia regada a doses de risadas. Os pensamentos fúnebres lutaram para abrigar a conversa um tanto perturbadora, no entanto a alegria pelas conquistas não requeridas, a emoção pelas noites inconsistentes e a perca do medo pelo desejo do desconhecido, nada permitiu que aquele momento fosse embora.



Eu gosto do passar dos dias, das horas, do anseio pelos minutos, a sensação de ignorância me obriga a olhar para baixo, me puxa da leveza das nuvens e me mostra que daqui (também) corre sangue.



É tão prazeroso olhar para as coisas velhas e perceber que cada uma possui sua história, que nada foi em vão, que as recordações guardadas a sete chaves são expostas mais rápidas com bons abraços e as dores insuportáveis (com o tempo) são apenas pequenos sorrisos no canto da boca.



Eu não quero muita coisa, preciso apenas da boa vivacidade dos meus poucos anos, do sorriso infantil e as atitudes impensadas, eu nunca vou deixar isso ir embora, é essência, me faz bem. Espero que a realidade se distorça sempre aos meus olhos reais e esperançosos, muitas vizinhanças se achegarão, isso eu tenho certeza.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.