12 de fevereiro de 2010

alma.



Sou melancólica por natureza.


Nada de momentos depressivos ou ataques súbitos de destruição em massa, eu simplesmente sou. Cada lembrança me faz abrir os olhos entusiasmada, tenho uma memória fotográfica insuportável, eu percebo facilmente.
Certa época da minha vida (haha, não, não tenho noventa anos) cheguei a pensar que defeito cretino essa nostalgia com o que eu amo, mas hoje não, esta em mim, é essência, na maneira como eu toco as pessoas, como enxergo a vida, em minha vontade de permanecer respirando.
Por mais incrédula e petulante na maioria das vezes, eu continuo sendo imbecil ao ponto de crer nas pessoas, gosto de acreditar que ainda somos humanos, que logo em frente ainda somos filhos do Cara.
O que não me atesta é a delicadeza, o querer bem, o carinho. Aprecio sensibilidade, porém pratico freneticamente a estupidez, tsc tsc, vícios de uma rotina exaustiva e saturada de atribuições.
Minha mente já esta pulando com as batidas do bumbo, o que me resta é terminar o dia bem e calma (espero). Lá fora a minha tatuagem e meus olhinhos apertados me esperam com o sorriso frouxo que faz os meus problemas sumirem, chega disso aqui.


Sem mais.
Beijos,



L.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.