21 de julho de 2011

3.33



Eu precisava ver você tocando mais uma vez.

Nós sempre precisamos um do outro, tanto que não soubemos controlar todo esse amor que exalava, aonde erramos?! Você não tem idéia do quanto sonhei com seu cheiro, seu gosto, seu corpo, eu sonhei de verdade, te desejei todos os dias, desde o dia em que você foi embora.
Erramos tanto, crescemos tanto, mudamos, mas nada mudou de verdade não é?! Você me olha do mesmo jeitinho de antes, me encara como se eu fosse à visão mais bela que contemplou, o seu sorriso ainda é bobo demais para mim. E pensar que dormi chorando tantas noites pensando que você já tinha me esquecido.
Tudo foi dito de uma maneira simples, direta, sincera. É como você disse, nos perdemos por bobeira. É como eu disse, não sabíamos que era possível amar dessa forma.  Nada mudou. As horas se passaram e as conversas fluíram como antigamente, os toques sutis nos denunciaram, e ainda mantivemos o ritmo sincronizado do copo e do vício.
Você lembra as minhas manias idiotas, sabe de que lado minha boca entorta, os olhinhos apertados vibram com as minhas historias bobas.
Eu precisava ouvir da sua boca que ainda sou eu.
Eu quero escrever tanta coisa, quero gritar pra quem quiser ouvir que somos nós, mas isso é relevante desta vez. O que realmente importa é que agora agente sabe, de verdade. Hoje eu fui embora com o coração partido de te deixar, mas com uma plenitude que eu não sentia há tempos, uma calmaria que só nos seus braços é possível sentir.
O bilhete deixado em cima das suas coisas é verdade, já vimos que é desnecessário fugir desse amor todo.

Eu te disse: hoje e sempre.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.