14 de setembro de 2010

não mais outono.



Ensaio diariamente a música que você fez para mim, neste meu violão pueril recordo o som folk do seu instrumento que tanto gostava. As batidas da guitarra que você tocava tão bem libertam minhas dores, a seqüência perfeita da bateria me ensinou a controlar as batidas do meu coração.
Eu tento assimilar que tipo de sentimento é este aqui dentro, fora, por inteiro, você me consome por completo e ainda vivo por mim?! Que droga é essa que você me fez tomar?! Os pensamentos rodeiam lugares desconhecidos e dorme em você, acordam em sua boca, me deito no seu peito desenhado todas as noites.
O vento fresco finalmente percorre meu pescoço delicadamente, a minha vontade louca de te abraçar e dizer nada é imensa, mas ao mesmo tempo em que ela aparece, puf....cadê? É indecifrável, indescritível, eu nunca senti isso antes. Não me destrói, me empurra com uma força abrupta contra os meus medos e não dói, pelo ao contrário, me faz sorrir a cada amanhecer.

Obrigada você que apareceu nos meus dias, você que constantemente me obriga a ser menos insana, obrigada.
Agora posso começar o espetáculo.

Sejam todos bem vindos.

Minha mente, minha prisão.

Minhas palavras, meu mundo.